A Igreja Atos 9,31

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Quando se usa o termo igreja, muitas pessoas pensam rapidamente em um prédio, uma catedral que possui características religiosas que distinguem peculiarmente as denominações evangélicas. Alguns prédios com seus vitrais, colunas na entrada, torres, mostram sua imponência, a Bíblia não faz uso da palavra igreja em relação a um prédio ou uma determinada denominação evangélica, a Bíblia não apóia, não da legalidade a instituições que usam o povo como massa de manobra, corrompendo a verdadeira Igreja do Senhor. Não quero impulsionar ninguém a ser um revolucionário, quero apenas analisar a palavra na íntegra e comparar os métodos doutrinários, dogmáticos de algumas instituições religiosas modernas, pois algumas das formas institucionais que conheci, por si mesmas, não podem fazer uma igreja firmada na rocha. No novo testamento, a Igreja só pode ser compreendida como produto do evangelho da graça sobrenatural de Deus, porque Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela, (Efésios 5.25). O fato de Cristo amar a Igreja a ponto de se entregar por ela, faz da Igreja a força mais poderosa sobre a face da terra, se olharmos ao nosso redor, encontraremos igrejas e Igrejas, organizações religiosas que muita das vezes não podem exigir de alguém uma postura, obediência e dedicação, pois obedecê-las seria desobedecer o evangelho da Bíblia. Escute!
Alguns prédios religiosos simplesmente não são expressões adequadas da graça e poder de Deus. Isaías prenunciou o estabelecimento da igreja falando da segurança da Igreja, sua prosperidade e triunfo. Isaías vislumbrou o progresso e a glória da Igreja, a história Neotestamentária nos mostra que ao longo da história da humanidade existiram religiões de exterioridades com cerimoniais sem nenhum fundamento Cristocêntrico. Isaías, usado por Deus, fala ao povo que Jesus Cristo é o noivo da Igreja, o “Messias” que nasceu, viveu, morreu e ressurgiu para salvar o que se havia perdido. Creio que Jesus, o salvador, viveu um realismo espiritual muito mais profundo do que o Judaísmo e isto trouxe um sentimento de convicção produzindo experiências tremendas como a do dia do pentecostes.
O pentecoste foi de fato um dia do Senhor. Embora, não possa ser designado como o dia do nascimento da Igreja. A Igreja nasceu com o relacionamento dos discípulos com Jesus, este relacionamento significa um marco na proclamação do evangelho, um marco na convicção que os discípulos tinham na pessoa de Cristo e na satisfação que sua presença proporcionava um marco no aumento do numero de adesões à nova fé. É por isso que Lucas escreve em Atos 9.31 que a igreja na verdade tinha a paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em numero. Nem mesmo as perseguições foram capazes de deter o avanço e o crescimento da Igreja de Cristo.
A mais poderosa força sobre a face da terra é a Igreja. Ela nasceu no início do ministério terreno de Jesus e foi inaugurada no dia de Pentecostes e terá o seu triunfo no dia do arrebatamento. Esta mensagem trata da Igreja, não da igreja como ela é frequentemente conhecida, mas como originalmente foi e pode ser, a igreja tem que viver o realismo espiritual dos discípulos. A Igreja tem que possuir uma imagem bem diferente de um clube com rituais tradicionais e tão sagrados que exige a admiração de espectadores, ela não é um grupo de ação política, ela não é uma ONG, um bloco de pressão e opressão de homens que se intitulam formadores de opinião, homens que se reproduzem como super-heróis combatendo os males da sociedade, a Igreja não é uma sala de espera, não é uma empresa S/A dividida em pequenas ações, cotas que buscam lucros, propósitos, posições que trazem vantagens sociais, econômicas, políticas. A Igreja não é um lugar de reunião de fanáticos, extremistas, loucos, vivendo em transe nos finais de semana, a Igreja não é uma espécie de tábua de salvação no jogo da vida ou uma democracia religiosa que quer legislar sobre a moral para o mundo. Sejamos bem honestos em admitir que a Igreja tem sido todas estas coisas em muitos lugares e ocasiões. Apesar de suas numerosas fraquezas e de seus trágicos pecados, a igreja tem sido através de todos estes séculos, desde o seu início, a mais poderosa força em prol do bem sobre a face da terra, ou seja, a Igreja tem sido uma luz no meio da escuridão, o sal da terra e tem retardado o alastramento da corrupção moral dando tempero e sabor aos que mediante a fé em Cristo tem se confessado, arrependido e se batizado. Como pode uma instituição de uma só vez ser uma fonte de mágoas, desilusão e desespero para muitos e uma fonte de alegria, vida e conforto sem fim para outros? Hum! A Bíblia nos dá a resposta, pois aquilo que chamamos de Igreja, na realidade, são duas igrejas e ambas religiosas, mas uma é egoísta, ávida de poder, cruel e diabólica. Enquanto a outra é forte, divina, poderosa, espiritual que ama e leva ao arrependimento, a confissão apresentando ensinamentos compatíveis ao do evangelho da Bíblia. Uma fomentou o ódio e levou a sociedade a verdadeiros conflitos, tudo em nome de Deus e da religião. A outra tem curado males humanos, quebrado barreiras raciais e de classes sociais e também tem livrado homens e mulheres em todos os lugares do medo e da culpa, da vergonha, da ignorância, da idolatria, do ceticismo. Esta é a Igreja verdadeira iniciada por Jesus Cristo é ela que manifesta um cristianismo autêntico. A Igreja que fomenta o ódio é a falsa igreja, ou seja, uma organização satânica, um simulacro de cristianismo. Escute!
Foi o próprio Jesus Cristo que predisse essa situação de igreja e Igrejas, Mateus 13.24 a 30 nos fala de uma parábola que nos leva a entender que o reino dos céus é para os verdadeiros cristãos que vivem no campo do mundo e enquanto os Bispos não se dão conta, o diabo semeia o joio no meio do trigo. Ambos crescem juntos, sem que se possa distinguir, de início, mas, logo os homens ou a sociedade notam a incoerência do joio com o trigo e vem a nós e perguntam. Porque não se arranca o joio? Hum! A resposta é clara e a Bíblia diz que não se deve arrancar o joio do trigo, se assim o fizermos destruiremos o trigo junto com o joio. “Deixai-os crescer juntos até a colheita”, (Mateus 13.30). Jesus Cristo, o filho de Deus, virá com grande poder e glória ao campo do mundo com a finalidade de separar o joio do trigo, o joio será queimado no juízo, mas o trigo será recolhido no celeiro de seu pai. Oh Glória! Trigo, ou filhos do reino, são aqueles que experimentaram aquilo que a Bíblia chama de novo nascimento como diz: (João 3.3). O apostolo Pedro mais tarde descreve a esses que nascem de novo dizendo: “Vós sois regenerados”, (I Pedro 1.23). Então se conclui que na palavra do joio e do trigo existe a Igreja verdadeira e a igreja falsa crescendo junto, existem igrejas dizendo: Estamos crescendo em graça, outras dizendo: crescemos em pureza, doutrina, conduta moral e ética, outras crescendo em autoridade, unção, poder, cura, milagres, prodígios porque verdadeiramente foram regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus foram procurados e reivindicados pela sociedade carente. Outros que se dizem católicos dizem que são a verdadeira Igreja, os Batistas refutam a idéia de terem o melhor padrão doutrinário, os Adventistas guardam o sábado e descansam afirmando estarem em obediência a palavra de Deus, outras igrejas estão dizendo fora todas as concepções, fora toda as doutrinas, nós outros é que somos a igreja certa, verdadeiras facções Neotestamentária, comunidades que ao longo da história vêm se debatendo e se enfrentando e a verdade é nua e crua, nenhuma denominação evangélica ou organização religiosa é ou pode ser a Igreja verdadeira. Falsos cristãos só podem manifestar um cristianismo falsificado, mas, cristãos verdadeiros podem apresentar tanto o cristianismo verdadeiro como o falso e às vezes por causa da nossa ignorância e desobediência arbitrária, nos mostramos à sociedade com um cristianismo falso e simulado, provocando danos sociais como se fossemos pagãos, irreligiosos, vivendo num extremo egoísmo e desinteresse pelos outros. É difícil de entender o que Jesus proibiu em Mateus 13.24 a 30. Separar o joio do trigo no sentido físico tem sido uma incógnita para muitos. O cristianismo falso e o verdadeiro estão mesclados, unidos, juntos e dentro das igrejas e Igrejas, ou seja, um indivíduo pode ser falso e verdadeiro dentro dos templos ao mesmo tempo, neste caso, a separação física não é possível. A destruição de um significaria a destruição do outro, mas não fique triste, a palavra Bíblica que relata que o trigo e o joio devem permanecer juntos, crescendo, diz que o trigo deve tornar-se forte, saudável e que venha sobrepujar e enfraquecer o joio, a tal ponto que este virtualmente perca a capacidade de executar a intenção maligna. Irmão em Cristo, Atos 8.9 fala de Simão o mágico e, Atos 5.1 fala de Ananias e safira, pessoas que faziam parte da igreja primitiva e não eram regeneradas, ou seja, as falsas sementes do diabo criaram raízes e aparecem na igreja impulsionando os apóstolos a instruírem os cristãos em como reconhecer a falsa vivência, que existia dentro deles ao lado da verdadeira, os apóstolos receberam a missão de desenvolver em detalhes o modelo de operação edificada na palavra do Senhor e este modelo quando fielmente seguido, faria da igreja a mais poderosa força na terra em qualquer época. Veja: I Timóteo 2.1-2-8. Escute! Deus destinou a igreja uma espécie de governo na terra, governo tal, que sustentasse os governos visíveis. Isso possibilitaria um clima de legalidade e ordem, um regime de justiça e paz que refrearia as forças do mal, da anarquia e do derramamento de sangue ao longo da história, pois todas as vezes que a igreja se aproximou deste modelo Bíblico, condições justas começaram a prevalecer e quando a igreja se desviou desse padrão divino para confiar em forças secundárias, se tornou orgulhosa, rica e tirana, mundana, fraca e desprezada por todos. Quero te dizer que quando falham todas as outras coisas, siga as instruções da Bíblia e seja um cristão verdadeiro e não desonre a sua Igreja e a o seu Deus, ame o próximo como a ti mesmo, pois se você não pode amar o próximo como poderá amar a Deus? Amém!

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